Pages

domingo, 10 de outubro de 2010

Rage Against the Machine tem show interrompido por falta de segurança no SWU

O Rage Against the Machine iniciou seu primeiro show no Brasil na noite deste sábado (9), em Itu, mas o que seria motivo para comemoração começou mal. Por conta da pressão do público, as barreiras que separam a plateia do palco estavam quase cedendo e a apresentação foi interrompida por alguns minutos por motivos de segurança.


Pouco depois de cantar Testify, Bombtrack e People of the Sun, canções que abriram o show e foram dedicadas ao movimento MST, a banda do vocalista Zack De La Rocha e do guitarrista Tom Morello deu espaço para um anúncio formal dos organizadores, pedindo calma. Zack pegou, ele mesmo, o microfone e solicitou aos fãs que dessem um passo para trás. "Para gente fazer essa festa completa, temos que cuidar uns dos outros", disse.
O show foi o mais lotado da noite, com centenas de pessoas se amontoando para um lugar privilegiado em frente ao palco. A procura causou revolta por parte de alguns fãs que, por volta das 22h50, pressionaram as barreiras da pista premium (com ingressos por volta de R$ 1680 para os três dias) e tentaram invadi-la, sem sucesso.
Mas não foram apenas as confusões por parte do público que desviaram as atenções. Pouco mais de dez minutos após a primeira interrupção, foi a vez do áudio falhar, acabando com a alegria de quem, desta vez, estava realmente curtindo. Zack de La Rocha continuou a cantar, mas ao perceber que somente quem estava na pista Premium conseguia ouvir o som dos amplificadores do palco, ele começou a improvisar uma rima utilizando-se de uma base sonora: "Nós só vamos voltar a tocar quando o áudio estiver realmente funcionando". A plateia ajudou e começou a soltar alguns palavrões contra a organização do evento.
Minutos depois, com o som estável, Zack retoma. Como era de se esperar, a manifestação política continuou fazendo parte da performance. Morello chegou a vestir um boné do MST no palco. No entanto, nenhuma menção às eleições presidenciais que acontecem no Brasil, muito ao contrário do que Os Mutantes, algumas horas antes, fizeram no palco Água, chamando Dilma de "guerrilheira".
Enquanto soltava hits como Bulls on Parade, Wake Up e Guerrilla Radio, o vocalista pedia que o público levantasse seus punhos, para que ele pudesse enxergá-los. "Esses punhos pra cima me fazem ter esperança. Esperança para a América do Sul", gritou.
A apresentação do grupo foi fechada com Killing in the Name, encerrando o palco principal do SWU e acalmando os ânimos da plateia, a essa hora, bem exaltados.

0 comentários:

Postar um comentário

 
Powered by Blogger